Existem muitos mitos sobre nutrição na doença oncológica, cuja existência pode ter um impacto negativo no processo de tratamento. Esses mitos funcionam não apenas entre os próprios pacientes, mas também na consciência social, como mostra o estudo SMG/KRC encomendado pela Nutricia Medyczna. Desmascaramos os mais comuns.

1. MITO: Perder peso e desnutrição é uma condição natural que acompanha a doença

Isso é o que 77% dos entrevistados pensam1 . Como resultado da doença e da terapia, pode haver problemas com a alimentação (f alta de apetite,disfagia , ou seja, problemas de deglutição, náuseas), mas isso não significa que a perda de peso sempre afete cada paciente. Sabendo da ocorrência de tais efeitos colaterais, vale ainda mais a pena perguntar a um médico ou nutricionista como prevenir a desnutrição do corpo. A desnutrição profunda e a caquexia são frequentemente fatores independentes de mau prognóstico. O tratamento nutricional intensivo deve ser realizado, pois um paciente desnutrido desenvolve complicações com mais frequência e pode não tolerar o tratamento. Muitas vezes, ele não consegue implementar a terapia em doses plenas e nos intervalos certos, o que pode se traduzir em piores resultados do tratamento oncológico. Uma consulta precoce com um médico ou nutricionista, mudança de dieta e/ou adição de nutrição médica podem afetar positivamente o nível de nutrição, limitando assim seu impacto negativo na terapia. É por isso que os especialistas concordam que a nutrição médica deve ser parte integrante do tratamento oncológico.

2. VERDADE E MITO: As refeições caseiras são as melhores e mais nutritivas.

Durante o tratamento oncológico, no caso de muitos pacientes com câncer, chega um momento em que a dieta tradicional não é capaz de suprir o aumento da demanda por energia, proteína e outros nutrientes. Não é sem razão que muitos especialistas enfatizam que um dos elementos integrantes do tratamento deve ser a nutrição médica, ou seja, a inclusão de suplementos nutricionais especializados (por exemplo, Nutridrink), que permitem complementar as deficiências nutricionais. Estas preparações são líquidas, devidamente equilibradas, contêm todos os nutrientes necessários e a quantidade certa de energia num pequeno volume.Enquanto o paciente puder comer, eles podem ser usados ​​em adição à dieta normal e devem ser tomados entre as refeições. No entanto, se necessário, algumas dessas preparações podem substituir completamente uma dieta normal ou refeições individuais, por exemplo, quando o paciente tem problemas de mastigação ou deglutição.

3. MITO: Você pode matar o câncer de fome.

28% dos entrevistados concordam com a afirmação de que durante o câncer, o consumo de alimentos altamente calóricos, vitaminas e minerais deve ser limitado, pois podem acelerar a progressão da doença. O jejum não inibe o crescimento do tumor, mas pode piorar significativamente a condição do paciente. A desnutrição em um paciente leva ao fato de que o corpo não tem o “combustível” necessário para viver e combater a doença. Para obter energia, o corpo usa suas próprias reservas não apenas do tecido adiposo, mas também do tecido muscular. Como consequência, pode resultar em fraqueza extrema, aumento da anorexia, diminuição do limiar de dor e pode levar à falência de muitos órgãos. A consequência de "morrer de câncer" pode ser adiar as próximas etapas da terapia ou até mesmo inviabilizar o tratamento.

4. MITO: A proteína alimenta o câncer.

Cada quinto entrevistado acredita que os pacientes com câncer devem evitar alimentos ricos em proteínas, pois podem promover o desenvolvimento do câncer. Pelo contrário, em pacientes com câncer a necessidade de proteína pode aumentar significativamente! Se não fornecermos ao corpo uma quantidade suficiente desse nutriente, a proteína necessária para o funcionamento é obtida da decomposição - primeiro dos músculos e depois de outros órgãos. Assim, no curso do desenvolvimento da doença neoplásica, há uma grande deficiência de proteína. Além disso, retirá-lo da dieta, sem consultar um médico, enfraquece o corpo e pode dificultar o combate à doença. Vale lembrar também que proteínas, carboidratos e gorduras juntamente com vitaminas, oligoelementos e água determinam o bom funcionamento do metabolismo. A proteína tem inúmeras funções - condiciona a renovação dos tecidos danificados, a cicatrização de feridas, apoia as funções do sistema imunológico e a produção de enzimas e hormônios. É um componente que está envolvido em praticamente todas as funções de cada célula.

5. MITO: A nutrição médica só é usada em um hospital. São principalmente gotas.

Conforme demonstrado pela pesquisa de conscientização, a nutrição médica é frequentemente associada à alimentação com sonda ou alimentação por "gotejamento", embora existam mais formas de tratamento nutricional. A nutrição médica, depois de consultar um médico, também pode ser usada em casa. Preparações nutricionais especiais estão disponíveis, entre outras na forma delíquido diretamente para beber e também pode ser usado como complemento de refeições preparadas. Por outro lado, um gotejamento geralmente nada mais é do que água com uma pequena quantidade de cloreto de sódio, glicose e possivelmente outros sais. Não é um substituto de refeição, mas apenas uma maneira de corrigir distúrbios eletrolíticos. Não contém ingredientes nutricionais como proteínas, gorduras ou hidratos de carbono. Se a ingestão de refeições por via oral for impossível, as preparações para nutrição médica são administradas por gavagens diretamente no trato gastrointestinal. A terceira opção, utilizada como último recurso no caso de insuficiência gastrintestinal, é a nutrição parenteral, administrada diretamente na veia contornando o trato gastrintestinal (erroneamente chamada de "gotas"). Especialistas enfatizam que a ingestão de alimentos pelo trato gastrointestinal é a forma mais natural e segura de nutrição, e o uso de nutrição intravenosa é o próximo passo quando o uso do trato digestivo é impossível.

6. MITO: Existe uma dieta para curar o câncer.

Muito se tem falado sobre as dietas milagrosas que tratam o câncer. Até agora, no entanto, a eficácia de nenhum deles foi comprovada, e o risco de desnutrição durante o uso de tais dietas é muito alto. Alterar a proporção de elementos da dieta pode resultar no aparecimento de várias doenças em uma pessoa doente, por exemplo, causar constipação, agravar a dor abdominal, bem como perturbar significativamente a absorção de vários micronutrientes. O perigo está crescendo à medida que os autores de tais dietas incentivam os pacientes a abandonar completamente o tratamento convencional e restringir sua terapia à dieta. Fazer isso pode significar perder a chance de cura do câncer para o paciente.

1. O estudo foi realizado pelo instituto de pesquisa SMG/KRC a pedido da Nutricia Medyczna em 30 de março - 1 de abril de 2016; amostra representativa quanto à idade, sexo, porte do município e região, n=400; metodologia: pesquisa online: CAWI.

Parte das respostas aos mitos foi elaborada com base no guia para pacientes e cuidadores "Fatos e mitos da nutrição no câncer" pela Dra. Aleksandra Kapała, oncologista do Departamento de Câncer da Cabeça e Neck no Centro-Instituto de Oncologia de Varsóvia e a Presidente da Equipe de Nutrição do Hospital.

Categoria: