- Pesquisa genética
- Colonoscopia
- Exame de sangue oculto nas fezes
- Gastroscopia
- Mamografia, ultrassom e ressonância magnética da mama
- Citologia e ultrassonografia transvaginal
- Ultrassonografia da glândula tireoide e níveis de calcitonina no sangue
Uma história familiar de câncer é sempre um choque. Pode haver dúvidas se os parentes da pessoa também estão em risco de desenvolver câncer. O câncer em um familiar próximo, especialmente pais e irmãos, aumenta o risco de desenvolver câncer em outros parentes também. Recomendam-se, então, exames que permitam sua detecção precoce e tratamento eficaz. Descubra quais exames são recomendados se você tiver histórico familiar de câncer.
As estatísticas de incidência concordam que a ocorrência de câncer em um familiar é fator de risco para câncer em outros parentes. Isso se deve ao portador de mutações genéticas, predispondo ao câncer. Alguns deles são agrupados em síndromes genéticas, onde o risco de desenvolver câncer ao longo da vida é diferente. Em alguns, pode chegar a 100%. Um exemplo é a polipose adenomatosa familiar, onde o diagnóstico dessa síndrome genética está associado a 100% de risco de desenvolver câncer colorretal. Algumas mutações não são classificadas como síndromes genéticas, mas predispõem ao câncer. Este artigo descreve os testes que se destinam principalmente a ajudar a detectar o câncer precocemente, quando ainda é fácil de tratar. Eles devem ser realizados em uma certa idade em todos, mesmo sem histórico familiar de câncer. Porém, em pessoas com sobrecarga, são indicadas em idade mais jovem e com maior frequência do que em pessoas sem tais predisposições.
Pesquisa genética
A consulta com um geneticista na clínica é recomendada para pacientes selecionados. Essa visita permite obter aconselhamento profissional e realizar testes genéticos especializados para detectar mutações ou síndromes genéticas que aumentam o risco de câncer.
A clínica genética também oferece atendimento integral (incluindo exames profiláticos periódicos) para pacientes com mutações diagnosticadas que aumentam o risco de câncer. A visita a este tipo de local é recomendada quando o histórico familiar de neoplasias malignas em idade jovem, por exemplo, câncer colorretal antes dos 50 anos.
Outras indicações são a presença de câncer bilateral, por exemplo, câncer de ambas as mamas, mais de um câncer na vidaou detecção na família de câncer de ovário atípico, por exemplo, sarcoma.
Além disso, a presença do mesmo câncer em vários membros de uma família próxima deve fazê-los visitar tal clínica. Qualquer pessoa que tenha histórico familiar de câncer pode aproveitar o aconselhamento genético nesse tipo de local.
Colonoscopia
A colonoscopia é um exame endoscópico para avaliar a aparência do intestino grosso. Também permite colher amostras e realizar pequenos procedimentos, como a remoção de pólipos e sua posterior avaliação quanto à sua natureza (se são benignos ou já malignos). Este exame é indicado e reembolsado no âmbito do programa nacional de combate ao câncer em todas as pessoas com mais de 50 anos a cada 10 anos, até a idade de 65 anos.
No entanto, em pessoas que têm um parente de 1º grau (ou seja, pai, irmão ou filhos) diagnosticado com câncer colorretal, o exame é recomendado a cada 10 anos a partir dos 40 anos. Em pessoas diagnosticadas com síndromes familiares que predispõem a esse câncer, recomenda-se a realização de exames ainda mais precoces.
Na polipose familiar, a primeira colonoscopia deve ser realizada em 12-14. ano de vida e repetir todos os anos. Na síndrome de Lynch, parentes de pessoas com síndrome de Lynch devem fazer uma colonoscopia a partir dos 25 anos a cada 1-2 anos.
Exame de sangue oculto nas fezes
O exame de sangue oculto nas fezes é um teste de triagem para sangramento gastrointestinal. É indicado como teste de triagem inicial para câncer colorretal. É recomendado para todas as pessoas com mais de 50 anos a cada 1-2 anos. Se for detectado sangue, deve-se realizar uma colonoscopia, que é um exame muito mais detalhado.
Gastroscopia
Este é mais um exame endoscópico para avaliação do esôfago, estômago e duodeno. É recomendado em pessoas com histórico familiar de câncer de esôfago ou gástrico. Também no caso de sintomas perturbadores, como dificuldade para engolir, azia em pessoas com mais de 40 anos e doença do refluxo gastroesofágico de longa duração.
A gastroscopia deve ser realizada em parentes de pacientes com síndrome de Lynch a partir dos 25 anos a cada 1-3 anos.
Mamografia, ultrassom e ressonância magnética da mama
A mamografia é um exame radiográfico das mamas. É recomendado e reembolsado para todas as mulheres entre 50 e 69 anos a cada 2 anos. A triagem é suficiente para mulheres sem risco aumentado de câncer de mama.
Porém, naqueles com histórico familiar sobrecarregado e diagnosticados com mutações genéticas (principalmente nos genes BRCA1 e BRCA2), o rastreamento é indicadoantes.
A partir dos 25 anos, devem fazer ressonância magnética da mama a cada 6-12 meses até os 30 anos. Mais tarde, é aconselhável a realização de ressonância magnética, alternando com a mamografia. Além disso, uma ultrassonografia da mama deve ser realizada a cada 12 meses.
Citologia e ultrassonografia transvaginal
A citologia é um teste de um swab celular retirado do colo do útero. É recomendado e reembolsado pelo seu desempenho dos 25 aos 59 anos a cada 3 anos para todas as mulheres. Sua realização mais frequente é recomendada em mulheres que tiveram casos de câncer de colo uterino na família imediata.
A ultrassonografia transvaginal é recomendada para mulheres de 30 a 35 anos. todos os anos se tiverem história familiar de síndrome de Lynch. Além disso, no caso de detecção de mutações predisponentes ao câncer de mama (genes BRCA1 e BRCA2), recomenda-se a realização de ultrassonografia transvaginal a partir dos 35 anos a cada 6 meses.
Ultrassonografia da glândula tireoide e níveis de calcitonina no sangue
A ultrassonografia de tireoide é recomendada para parentes de pessoas com diagnóstico de câncer de tireoide (independentemente do tipo de câncer de tireoide).
Caso seja diagnosticado câncer medular de tireoide, os familiares devem ser examinados, pois pode ser uma síndrome genética que predispõe a esse tipo de câncer. Além disso, o nível de calcitonina, um hormônio secretado pela glândula tireóide, também deve ser medido. É um marcador desse tipo de câncer.